Militares propõem nova estratégia de vigilância
Objetivo é melhorar patrulhamentos em terra e no ar, através da atribuição de zonas de risco e coordenação do Comando de Operações Militares.
O Estado-Maior-General das Forças Armadas (EMGFA) quer melhorar as suas ações de vigilância florestal para a prevenção de incêndios, coordenando os meios do Exército, da Força Aérea e da Marinha, numa nova estratégia de patrulhamentos em terra, no ar e também em zonas fluviais.
O EMGFA propõe que sejam atribuídas zonas de risco aos militares, em regiões onde tenham recursos humanos e instalações, como Trás-os-Montes, Beira Alta, Santarém e Coimbra. Contando com as patrulhas no terreno e com as equipas que operam os drones de observação, estima poder dedicar 200 a 250 militares por dia à vigilância florestal. E sugere que seja o seu Centro de Comando de Operações Militares (CCOM) a fazer a gestão de meios a colocar no terreno, substituindo a atual coordenação do Instituto de Conservação da Natureza e Florestas (ICNF) sobre as patrulhas militares do plano Faunos.
“A vantagem deste novo modelo é poder gerir os meios aéreos e terrestres de forma mais eficaz. Uma presença mais permanente e regular das nossas patrulhas em determinadas zonas terá efeitos dissuasores importantes, quer pela visibilidade quer pela interação com as populações”, afirma o Almirante Silva Ribeiro, chefe do EMGFA.
A proposta do EMGFA foi apresentada no final de setembro à Agência para a Gestão Integrada de Fogos Rurais (AGIF), com a presença de responsáveis da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) e da GNR, a entidade nacional competente para a coordenação das ações de vigilância florestal. O conceito será agora avaliado pelo Ministério da Defesa para, caso seja aprovado por todas as entidades envolvidas, definir os pormenores do plano de prevenção e vigilância florestal a aplicar no próximo ano.