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Novos usos para resíduos florestais

Cientistas do Centro de Engenharia Biológica da Universidade do Minho desenvolvem produtos inovadores e amigos do ambiente.

bioeconomia

Os resíduos florestais podem ser aproveitados para a produção de biocombustíveis e embalagens funcionais, e estão na base de um projeto em desenvolvimento no Centro de Engenharia Biológica (CEB) da Universidade do Minho. Uma equipa de cientistas daquele instituto está a desenvolver o EchoTech, projeto constituído por um conjunto de tecnologias biológicas que dão um novo destino a toneladas de resíduos florestais.

No âmbito deste projeto, que será concluído em 2022, os investigadores estão a trabalhar em tecnologias ecológicas com vista à extração de matérias-primas como a celulose, a hemicelulose e a lignina, que irão permitir desenvolver novos produtos com aplicações de alto valor, inovadores e amigos do ambiente. Para além de se tornarem numa solução para a acumulação de resíduos e sobrantes florestais que alimentam os incêndios em Portugal.

A investigação científica com vista à promoção da economia circular, com benefícios ambientais e económicos, está alinhada com os objetivos internacionais de desenvolvimento sustentável. Em Portugal, o RAIZ – Instituto de Investigação da Floresta e do Papel, centro de investigação privado sem fins lucrativos, reconhecido como entidade do Sistema Científico e Tecnológico Nacional, é um dos exemplos deste trabalho de vanguarda. As atividades do Instituto são financiadas maioritariamente pela The Navigator Company, por outras entidades privadas, e por fundos públicos, nacionais e europeus, com vista à criação de soluções inovadoras promotoras de uma nova bioeconomia baseada na floresta do eucalipto.