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Resineiros colaboram na vigilância da floresta

Protocolo entre o ICNF e a Resipinus pretende desenvolver a produtividade na área florestal de pinheiro.

mão a tocar num pinheiro

O programa “Resineiros Vigilantes 2021”, protocolado entre o Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF) e a Associação de Destiladores e Exploradores de Resina (Resipinus), visa a colaboração dos resineiros na vigilância da floresta contra incêndios, com vista a uma área florestal de pinheiro mais produtiva.

O projeto-piloto foi iniciado em 2019 e contou no primeiro ano com 18 equipas que realizaram 42 dias de vigilância em períodos críticos de alerta. Em 2020 aumentou para 26 equipas e mais de 50 dias de vigilância, tendo sido efetuados mais de 12 primeiros alertas de incêndio que permitiram a mobilização de meios operacionais de primeira intervenção.

Integrado no Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), no âmbito das medidas referentes à bioeconomia sustentável, nomeadamente no setor da resina, o programa conta com uma dotação de 759 mil euros e um prazo de execução até 2025. As verbas atribuídas irão permitir a criação de equipas de vigilância que abrangem 71 freguesias do país, num trabalho que envolve 21 entidades.

No total, o setor da resina vai movimentar investimentos do PRR de cerca de 33 milhões de euros, dos quais 17,5, milhões são para um projeto integrado de investigação, desenvolvimento e inovação, e 15,5 milhões serão aplicados em ações dirigidas à gestão florestal e ao apoio à fileira da resina natural.

Nas ações de apoio à fileira da resina, considera-se a aquisição de materiais para a atividade do resineiro (como alfaias agrícolas e viaturas equipadas para vigilância), a reabilitação de um edifício público para a instalação da Academia do Resineiro (na Marinha Grande) e a beneficiação de povoamentos de pinheiro-bravo em áreas prioritárias para a resinagem.